domingo, 12 de julho de 2015

12 de Julho de 2015
Um ano e picos sem escrever e eis que volto à vida. Cheia de alegria, amor e raiva. e contentamento, e sentido de um novo poder, que os deuses me perdoem. Acho que é tempo de agradecer a todos os meus amigos que estiveram comigo nestes últimos dois anos, em que me deram a mão para eu poder atravessar mais uma longa ponte da vida, daquelas pontos que nos separam dos outros lados da vida, da terra e do céu.
O passar dos anos, o atravessar das pontes e túneis, sem perder de vista aqueles a quem amamos de verdade é a maior das dádivas.
Aprender, passe o convencimento, é o cimento estruturante da vida. é como beber um copo de poção mágica todas as noites, todos os dias. Aprender a ser gente, aprender a dar sem pedir em troca, aprender a ser tu, sendo, simplesmente, é o sangue da vida, aprender a dizer «adoro-te» é quente e doce, aprender a dizer «sai e cala-te porque me fazes doer a cabeça e não me interessa» é a maior das conquistas.

Perder o medo de ficar só, ou seja, poder finalmente ficar só, à la Winnicott, um dos grandes amores da minha vida, é a maior das conquistas - falo por mim. Só se pode ficar só se se está pleno por dentro.
Perder o medo de pegar numa vassoura e varrer o lixo que se acumulou nos cantos da nossa casa interior aos longo dos tempos é também a mais leve, fresca e libertadora manobra que podemos levar a cabo.


Perder o medo de escolher, outro milagre.´
Perder o medo de perder, mais um milagre.
Perder o medo de abraçar, outra alegria imensa, conforto eterno. Perder o medo de sermos nós, o tal Self cristalino que parece que temos guardado dentro de nós até que um princípe nos acorde e nos incite a usá-lo com orgulho, é a liberdade em todo o seu esplendor.
Abençoados os livres dos ódios, dos bloqueios, dos esquemas, das palavras ocas, dos pensamentos inúteis é poder subir às levezas do espaço.
Aqui sentada, de onde estou, com árvores e rios á volta, posso olhar para baixo, para o mar imenso e ver as casinhas , as igrejas, os caminhos, os riachos, as pessoas pequeninas, lá em baixo a passar. para onde vão? Quem as incita a andar?
Quem mandou mudar a nossa vida por desespero? A tranquilidade, a estrutura, a maturidade, deveria permitir-nos escolher, pensar, planear e supor as consequências dos nossos actos.
Todo este palavreado não exprime nada mais do que a alegria de voltar ao meu «procurem no fundo». Sempre.









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